Dois meses após primeiro caso de varíola do macaco, Brasil contabiliza quase 2.300 infectados

Apenas em São Paulo já foram confirmados 1.636 diagnósticos; em seguida, aparecem Rio de Janeiro (253) e Minas Gerais (101)

Dois meses após primeiro caso de varíola do macaco, Brasil contabiliza quase 2.300 infectados

Passados dois meses desde a confirmação do primeiro caso de varíola do macaco (monkeypox), o Brasil registrava nesta segunda-feira (8), 2.293 infectados, conforme balanço do Ministério da Saúde.

São Paulo tem 1.636 casos, seguido do Rio de Janeiro (253) e Minas Gerais (101). Outras 18 unidades da Federação já notificaram ao ministério infecções pelo vírus monkeypox:

• Distrito Federal: 92
• Paraná: 52
• Goiás: 51
• Rio Grande do Sul: 21
• Santa Catarina: 21
• Bahia: 18
• Pernambuco: 13
• Mato Grosso do Sul: 8
• Ceará: 6
• Espírito Santo: 5
• Amazonas: 5
• Rio Grande do Norte: 4
• Mato Grosso: 2
• Tocantins: 1
• Acre: 1
• Pará: 1
• Paraíba: 1
• Piauí: 1

Nos últimos dez dias, o Brasil registrou mais de mil novos casos, ocupando a sexta posição na lista dos países com maior número de diagnósticos.

Os Estados Unidos estão no topo da lista, com 8.934 casos, seguidos da Espanha (5.279), Alemanha (2.982), Reino Unido (2.768) e França (2.423).

Segundo os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, o número de casos de varíola do macaco em todo o mundo passa de 30,1 mil, 98,8% deles em 81 países que não tinham histórico de transmissão do vírus monkeypox até este surto – iniciado em maio deste ano.

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Estou com sintomas de varíola do macaco, o que devo fazer? Tire esta e outras dúvidas

 

  • O que devo fazer caso o diagnóstico de varíola do macaco seja confirmado? O R7 teve acesso a recomendações do Instituto de Infectologia Emílio Ribas que servem para casos confirmados e suspeitos e que vão ao encontro das orientações do Ministério da Saúde. Veja a seguir: - Usar máscara cirúrgica perto de outras pessoas e se houver sintomas respiratórios como tosse, falta de ar e dor na garganta; - Evitar contato com animais, inclusive animais de estimação;- Cobrir as feridas da pele com uso de mangas longas ou calças compridas para minimizar o risco de contato com outras pessoas;- Permanecer em área separada dos demais moradores da residências, inclusive durante as refeições, e manter as janelas abertas;- Lavar a escova de dentes após o uso com água e detergente neutro, secá-la e guardá-la separadamente; - Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool 70% antes e depois do contato com secreção da lesão e fluidos;- Higienizar as áreas próximas (superfícies) e o ambiente diariamente com água e sabão/detergente, álcool 70% ou hipoclorito de sódio 0,1% a 0,5%; - Higienizar o banheiro após cada uso (vide orientações acima); - Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool 70% depois do contato com as roupas, lençóis, toalha de banho ou superfícies próximas; - As pessoas que residem no domicílio deverão higienizar as mãos após contato com o paciente, objetos e roupas utilizadas pelo paciente; - As roupas devem ser separadas com cuidado para não haver contato direto com o material contaminado. Não sacudi-las, para evitar dispersar partículas infecciosas; - Lavar roupas de cama, toalhas, roupas de uso individual separadas em máquina de lavar ou em tanque com água e sabão. Alvejante (água sanitária) pode ser adicionado, mas não é necessário; - Pratos e outros talheres não podem ser compartilhados e deverão ser devidamente lavados com água e sabão; - Os resíduos contaminados, como curativos e bandagens, deverão ser descartados em saco plástico no lixo domiciliar; - O isolamento deve ser mantido até que todas as feridas tenham formado crosta e se desprendido naturalmente, por um período de cerca de 3 a 4 semanas;- Não ter contato com pessoas imunocomprometidas até que todas as crostas desapareçam. A interrupção do isolamento durante a doença só deverá ocorrer se houver necessidade de avaliação presencial em serviços de saúde; - Não manter relação sexual durante o isolamento e utilizar preservativo durante 3 meses após o diagnóstico 
  • O cenário da varíola do macaco nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte é de transmissão comunitária, o que significa que qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus monkeypox. Nesse contexto, o Ministério da Saúde orienta as pessoas a procurarem atendimento médico em uma UBS (unidade básica de saúde) da sua região ao apresentarem os sintomas característicos da doença
  • Quais são os primeiros sintomas da varíola do macaco? Nos primeiros dias, os sintomas mais comuns da infecção são febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos (popularmente conhecido como íngua), cansaço intenso, dores musculares e nas costas. As lesões na pele costumam aparecer entre o primeiro e o quinto dia após a febre e, no surto atual, podem se concentrar na região genital e/ou perianal. “[A varíola do macaco tem uma] forma clínica diferente de se manifestar em cada pessoa, algumas têm lesão só na região genital, outras podem ter no couro cabeludo, em outra parte do corpo, não é algo uniforme”, explica o infectologista José Ângelo Lindoso, coordenador do Grupo de Doenças Negligenciadas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo 
  • macaco nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte é de transmissão comunitária, o que significa que qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus monkeypox. Nesse contexto, o Ministério da Saúde orienta as pessoas a procurarem atendimento médico em uma UBS (unidade básica de saúde) da sua região ao apresentarem os sintomas característicos da doença

Fonte:https://noticias.r7.com/saude/dois-meses-apos-primeiro-caso-de-variola-do-macaco-brasil-contabiliza-quase-2300-infectados-09082022