Ucrânia inicia a retirada de 17 mil pessoas de áreas afetadas por inundação após destruição represa
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A Ucrânia prossegue nesta quarta-feira (7) com a retirada de milhares de moradores após a destruição parcial da represa hidrelétrica de Kakhovka, que inundou várias localidades ao longo do rio Dnieper e que provocou uma intensa troca de acusações entre Moscou e Kiev.
Aleksey Filippov / AFP - 07/06/2023
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Autoridades ucranianas anunciaram que mais de 17 mil pessoas serão retiradas de 24 localidades inundadas.
"Mais de 40 mil pessoas podem estar em áreas inundadas", afirmou no Twitter o procurador-geral ucraniano, Andriy Kostin. Ele informou que mais de 25 mil moradores devem ser retirados da margem do rio ocupada pela RússiaAleksey Filippov / AFP - 07/06/2023
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Moradores de Kherson, a maior cidade da região, seguiram para pontos elevados após a cheia do rio Dnieper.
"Antes eram tiros e agora temos inundação", disse Liudmila, moradora da cidade, depois de carregar uma máquina de lavar roupa em uma carroça presa a um velho automóvel soviéticoAleksey Filippov / AFP - 07/06/2023
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"A inundação está aqui, diante dos nossos olhos. Ninguém sabe o que pode acontecer a partir de agora", afirmou Viktor, outro morador de Kherson, à AFP
Aleksey Filippov / AFP - 07/06/2023
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A dimensão da catástrofe "só poderá ser plenamente avaliada nos próximos dias, mas as consequências serão graves", afirmou na terça-feira, no Conselho de Segurança da ONU, o secretário para Assuntos Humanitários da organização, Martin Griffiths.
Ele também mencionou impossibilidade de enviar ajuda a milhões de pessoas afetadas, "o golpe para a produção agrícola e os riscos de contaminação por minas e artefatos explosivos" que podem ser arrastados pela águaAleksey Filippov / AFP - 07/06/2023
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O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o ataque é "outra consequência devastadora da invasão russa à Ucrânia"
Aleksey Filippov / AFP - 07/06/2023
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O governo dos Estados Unidos afirmou que a explosão pode ter provocado várias mortes e que não é possível determinar de modo conclusivo o que aconteceu na represa, que fornece água resfriamento para a central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa
Aleksey Filippov / AFP - 07/06/2023
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A China, que tenta atuar como mediador na guerra, expressou preocupação com "impacto humano, econômico e para o meio ambiente". Também pediu às partes em conflito que respeitem o direito internacional humanitário e façam o possível para proteger os civis e as infraestruturas civis
Aleksey Filippov / AFP - 07/06/2023
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A Ucrânia afirmou que o ataque contra a represa, tomada pela Rússia nos primeiros dias da guerra - em fevereiro do ano passado -, foi uma tentativa de Moscou de frear a esperada ofensiva de Kiev, que segundo o governo não será afetada.
A Rússia acusou a Ucrânia de "sabotagem deliberada"Aleksey Filippov / AFP - 07/06/2023
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A central hidreléctrica da represa também está "completamente destruída", anunciou a operadora ucraniana de energia hidrelétrica, Ukrhydroenergo
Olexander Kornyakov / AFP / AFP - 07/06/2023
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O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, acusou a Rússia de detonar uma "bomba ambiental de destruição em massa" e afirmo que até 80 localidades seriam inundadas.
Este crime provoca enormes ameaças e terá graves consequências para a vida das pessoas e o meio ambiente", afirmou Zelensky.
A Rússia respondeu e pediu uma "condenação às ações criminosas das autoridades ucranianas, que são cada vez mais desumanas e representam uma grave ameaça para a segurança regional e global". -
Fonte https://noticias.r7.com/internacional/fotos/ucrania-inicia-a-retirada-de-17-mil-pessoas-de-areas-afetadas-por-inundacao-apos-destruicao-represa-07062023#/foto/11