Sob intenso tiroteio, tropas de elite buscam criminosos de outros estados no Alemão e na Penha; quatro pessoas morreram na ação

Um morador foi baleado quando chegava em casa e socorrido para o Hospital Getúlio Vargas. Escolas e unidades de saúde foram afetadas, e a circulação dos trens chegou a parar. Polícia investiga se favelas Flexal e Manguinhos são usadas como rota de fuga pelos criminosos vindos da Penha e Alemão.

Sob intenso tiroteio, tropas de elite buscam criminosos de outros estados no Alemão e na Penha; quatro pessoas morreram na ação

As tropas de elite da PM e da Polícia Civil do RJ iniciaram nesta quarta-feira (24) uma operação conjunta nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, para prender bandidos de outros estados e chefes do tráfico da região. Segundo a polícia, quatro suspeitos morreram em confronto com os agentes.

Um morador de 60 anos foi baleado quando chegava em casa no Complexo da Penha. Ele foi socorrido por um mototaxista e levado para o Hospital Getúlio Vargas.

Homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da PM, e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Civil, chegaram às comunidades ainda de madrugada — quando começou um intenso tiroteio.

Mais cedo, moradores relataram um morto na Penha e outro no Alemão. Uma imagem mostrava um corpo sendo carregado até uma das entradas do Alemão. Não se sabia se eram as vítimas encaminhadas para o Getúlio Vargas.

A polícia também atua nas comunidades Flexal e Manguinhos, também na Zona Norte, checando informações sobre possíveis rotas de fuga usadas por criminosos vindos dos Complexos da Penha e do Alemão.

 

 

 

 

Policiais do Bope percorriam ruas do Complexo do Alemão, e agentes da Core vasculhavam o Complexo da Penha. Houve intenso tiroteio nas comunidades desde a madrugada.

Criminosos atearam fogo a barricadas e espalharam óleo na pista para dificultar a passagem dos policiais. Veículos blindados eram utilizados na ação.

 

 

Moradores lembram que a operação acontece exatamente um ano após uma ação conjunta das polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar deixar 23 mortos no Complexo da Penha — a segunda mais letal na história do Rio.

Poste caído, carro incendiado e cenário de destruição durante operação no Alemão na manhã desta quarta (24) — Foto: Reprodução

Poste caído, carro incendiado e cenário de destruição durante operação no Alemão na manhã desta quarta (24) — Foto: Reprodução

Em função da operação, a Clínica da Família Rodrigo y Aguilar Roig interrompeu o funcionamento. Já as clínicas da família Aloysio Augusto Novis, Zilda Arns e o Centro Municipal de Saúde São Godofredo mantinham o atendimento à população. Apenas as visitas domiciliares estavam suspensas nesta manhã.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 17 unidades escolares do Complexo da Penha foram impactadas pela ação policial, prejudicando 5.411 alunos. No Complexo do Alemão, eram 19 escolas e 5.654 estudantes afetados.

A Secretaria Estadual de Educação afirma que, até a última atualização desta reportagem, nenhuma unidade precisou ser fechada nas duas regiões.

Também em função do tiroteio, alguns trens da Supervia aguardavam ordem de circulação e liberação para seguir viagem nas proximidades da Estação Manguinhos.

Segundo a Polícia Civil, um fuzil e drogas a serem contabilizadas foram apreendidos pelos agentes.

Veículo blindado percorre ruas do Complexo do Alemão na manhã desta quarta (24) — Foto: Reprodução

Veículo blindado percorre ruas do Complexo do Alemão na manhã desta quarta (24) — Foto: Reprodução

 

 

Criminosos atearam fogo em barricadas no Complexo do Alemão na madrugada desta quarta (24) — Foto: Reprodução

 

 

Fonte https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/05/24/policia-faz-operacao-no-complexo-do-alemao.ghtml