CAMINHADAS DIMINUEM A CHANCE DE DEMÊNCIA

Dar caminhadas ou dar mais de 9 mil passos ajuda a diminuir pela metade o risco de se ter demência, além de evitar outras doenças cognitivas que podem aparecer ao longo da vida

CAMINHADAS DIMINUEM A CHANCE DE DEMÊNCIA

Dar caminhadas é um bom jeito para diminuir a chance de ter demência, e, de acordo com o estudo, dar entre 3.800 e 9.800 passos por dia reduz o risco.

Segundo a pesquisa, as pessoas que foram analisadas e deram mais de 9.000 passos apresentam 50% menos chance de desenvolver demência durante a vida. Além disso, as pessoas que corriam em um padrão superior a 40 passos por minuto foram capazes de reduzir o risco de demência em 57% com apenas 6.315 passos por dia.

Os voluntários que fizeram por volta de 3.750 passos diários, diminuíram a chance de demência em 25%, segundo a pesquisa. “Isso seria bom para um começo, a princípio, para indivíduos sedentários”, disse Borja del Pozo Cruz, coautor da pesquisa, em um e-mail.

O melhor resultado foi alcançado por pessoas que caminharam em um ritmo rápido, por volta de 110 passos por minuto e durante 30 minutos por dia. Segundo o estudo, conseguiram ter por volta de 62%.

Muitos voluntários se sentiram intimidados pelo número de 10 mil passos, principalmente os que não tinham hábito de praticar esportes. Enquanto o número de 112 passos por minuto foi mais aceito, mesmo sendo ainda um ritmo rápido, afirmaram os especialistas Ozioma Okonkwo e Elizabeth Planalp, que estudam o Alzheimer.

“Concordamos que esta é uma descoberta muito intrigante”, disse Borja por e-mail. “O que se pode concluir que o importante é o número de vezes que se pisa no chão e não a intensidade. A inteligência é capaz de saber quantas vezes a pessoa pisa no chão além de saber o ritmo que ela está tendo. Mais estudos são necessários”.

Dentro do estudo

Uma pesquisa, também publicada no dia 6 de setembro, na JAMA Neurology, analisou dados de mais de 77 mil voluntários entre 40 e 79 anos que usavam acelerômetros de pulso.


Caminhada no parque. (Foto: Reprodução/Pexels)


Os pesquisadores contaram o número total de passos de cada voluntário diariamente e, em seguida, as classificaram em dois grupos: menos de 40 passos por minuto, que é mais uma caminhada pequena; mais de 40 passos por minuto, que seria um cooper (em que o ritmo e velocidade da marcha são mais rápidos que na caminhada e mais lentos do que ao correr).

Os estudiosos fizeram uma comparação dos passos feitos com o diagnóstico de demência de qualquer tipo sete anos depois. Depois de realizar um controle por idade, etnia, educação, sexo, status socioemocional e quantos dias de uso do acelerômetro, os pesquisadores também consideraram variáveis ​​de estilo de vida de cada voluntário, como o tipo de refeições que faziam, se fumavam ou não, se bebiam, entre outras coisas.

Pelo diagnóstico da demência, o comprometimento funcional e cognitivo é atingido em pelo menos dois dos seguintes cinco domínios a seguir: memória, função executiva, linguagem, habilidade visual-espacial e alteração de personalidade. Há um certo atraso no diagnóstico, sendo assim o número de afetados pode ser maior do que é falado.

Embora as descobertas não possam ser interpretadas como um motivo direto, “os indícios crescentes em apoio aos benefícios da atividade física para manter a saúde cerebral ideal não podem mais ser desconsiderados", afirmaram Ozioma e Elizabeth.

Ainda afirmaram que gerenciar atividades físicas para idosos é fundamental para a prevenção de doenças que afetam o pensamento cognitivo.

Pesquisa soma

Estudos recentes, publicados este ano, indicam que ações do dia a dia, como tarefas domésticas, exercícios, aulas e visitas a familiares e amigos, diminuem a chance de demência em pessoas de meia-idade.

Pessoas que se exercitam muitas vezes, com exercícios frequentes, tiveram um risco 35% menor de desenvolver demência em comparação com pessoas menos engajadas nessas atividades, descobriram os pesquisadores.

Na pesquisa foi notado que as pessoas se beneficiaram do efeito protetor de exercícios físicos e mentais, independentemente de possuírem ou não histórico de demência em sua família.

Outra pesquisa divulgada no começo deste ano mostrou que a prática de atividade física pode atrasar a demência em idosos cujos cérebros já demonstram características da doença de Alzheimer e de outras doenças que afetam o mental.

A demência é uma doença que atinge mais de 2 milhões de pessoas, e por ser algo tão comum e não ter cura, é algo que assusta muitas pessoas. E fazer esportes, ou até mesmo fazer caminhadas, podem ser a resposta certa para conseguir evitar tal doença, mesmo que não seja algo comprovado cientificamente.

A pesquisa mostrou que a atividade física acresce os níveis de uma proteína conhecida por deixar deixar a comunicação das células cerebrais mais fortes, o que pode ser um item importante para manter a demência sob controle.

Foto destaque: Caminhada. Reprodução/Pexels.

Fonte https://lorena.r7.com/post/Caminhadas-diminuem-a-chance-de-demencia